domingo, 17 de novembro de 2013

(Des)amor

O amor, felizmente ou infelizmente, não é eterno, é apenas eterno, enquanto dura. Digo felizmente, também, porque a verdade é que se pensarmos bem, quantos grandes amores não teriam acontecido se outros não tivessem acabado? No que toca ao amor não há regras,  tanto há amores que duram uma vida, como há amores que duram poucos anos.
Sempre que entramos numa relação e nos apaixonamos, acreditamos que vai ser para sempre. Investimos, construímos um projecto em conjunto, criamos laços, uma família, adaptamo-nos às diferenças um do outro, fazemos cedências, porque queremos que resulte e, de repente, num dia qualquer, descobrimos que, para o outro, o amor chegou ao fim (sim, porque nunca acaba para os dois ao mesmo tempo) e o mundo cai sobre nós, o chão desaparece, tudo em que acreditávamos já não é, e nada, nunca mais, volta a ser igual. Chegamos também à conclusão de que a pessoa que tanto amávamos não era bem aquilo que julgávamos. Caem do pedestal alto em que as tínhamos tão bem estimadas. O tempo passa, as pessoas mudam e promessas são quebradas.
Temos, então, de passar por um processo de luto, em que devemos permitir-nos chorar, sofrer, ter raiva… Para, finalmente, podermos (re)aprender a caminhar sozinhos, constatando que estar vivo é maravilhoso e que a vida, afinal, não acabou ali, pelo contrário, aquele fim, não foi nada mais do que um começo...

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